Neste ano do centenário de lançamento do livro Ulysses, o evento vai homenagear a obra do escritor irlandês James Joyce sob o tema “Coletivo Joyce”, com participação da atriz Bete Coelho e dos compositores Cid Campos e Edvaldo Santana
A Casa Guilherme de Almeida e a Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, que integram a Rede de Museus-Casas Literários, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis, celebrarão o 35º Bloomsday em São Paulo. O evento que é tradicionalmente realizado em diversos países, dedicado à obra do escritor irlandês James Joyce, desta vez acontecerá na cidade de São Paulo em dois dias, 15 e 16 de junho, com uma programação especial em 2022 一 ano em que se completam 100 anos do lançamento do romance mais famoso do autor, Ulysses.
O Bloomsday paulistano é o mais longevo evento literário da cidade e foi criado por Haroldo de Campos e Munira Mutran em 1988, influenciando eventos em diversas outras partes do Brasil. Sua 35ª edição adotará o tema “Coletivo Joyce”, para mostrar a representação polifônica da vida e da humanidade criada por esse escritor, cuja obra transcende os limites do indivíduo inserido em seu espaço e em seu tempo, para alcançar o universal e o eterno.
O evento será aberto pela Casa Guilherme de Almeida, no dia 15, a partir das 16h, com palestra on-line de Marcelo Tápia, diretor da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, sobre o sexto episódio de Ulysses, o “Hades”, relacionando-o com o Canto XI da Odisseia de Homero. A atividade será transmitida pelo canal de YouTube do museu.
Em seguida, a Casa Guilherme de Almeida, em parceria com o Consulado Geral da Irlanda, oferecerá, presencialmente, a exibição do filme — inédito no Brasil — 100 anos de Ulysses, produzido na Irlanda pelos canais RTÉ e ARTE, além de um programa com falas de representantes da comunidade irlandesa em São Paulo e uma apresentação musical preparada pelo Consulado. A atividade será realizada na Sala Cinematographos, no Anexo do museu, disponibilizando-se vagas a serem preenchidas por ordem de inscrição, que poderá ser realizada por meio deste link.
No Dia de Bloom, 16 de junho, data escolhida para lembrar James Joyce mundialmente 一 pois é o dia em que se passa a narrativa do romance Ulysses, no qual o personagem central Leopold Bloom perambula por Dublin, em 1904, 一a Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura realiza a tradicional programação em celebração à obra de Joyce. A partir das 17h, no jardim do museu, em frente ao Café da Casa, o público poderá desfrutar das opções de comes inspirados na culinária irlandesa.
Diferentemente dos anos anteriores, em que o programa focalizava um episódio de Ulysses, o evento deste ano apresentará leituras de fragmentos de diversos capítulos do romance para mostrar a sua diversidade.
O evento também contará com lançamentos de novas edições de obras do romancista, performances 一 com participação especial da atriz Bete Coelho 一 e apresentações de músicas e danças irlandesas, além de evocar ressonâncias da obra de Joyce na criação de escritores brasileiros, entre eles Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Guimarães Rosa, Haroldo de Campos e Clarice Lispector 一 no ano do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. A atividade, gratuita, será realizada no jardim da Casa das Rosas e não há necessidade de inscrição prévia.
James Joyce, que hoje é considerado, em todo o mundo, um dos maiores escritores do século XX, inicialmente teve suas obras duramente criticadas e censuradas. O romance Ulysses (1922) acabou sendo proibido, à época, nos Estados Unidos e na Inglaterra, por ser julgado imoral pelas autoridades.
SERVIÇO
CASA GUILHERME DE ALMEIDA
Palestra sobre um episódio de Ulysses de James Joyce
Por Marcelo Tápia.
Quarta-feira, 15 de junho, às 16h.
A atividade será transmitida pelo canal de YouTube do museu.
Filme: “100 anos de Ulysses”
Quarta-feira, 15 de junho, às 18h.
As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição, que deve ser feita por meio deste link.
A atividade será realizada na Sala Cinematographos, no Anexo da Casa Guilherme de Almeida. Endereço: Rua Cardoso de Almeida, 1943 — Pacaembu, São Paulo.
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Museu – R. Macapá, 187 – Perdizes | CEP 01251-080 | São Paulo
Anexo: Rua Cardoso de Almeida, 1943 — Sumaré, São Paulo/SP
Tel.: 11 3673-1883 | 3803-8525 | 3672-1391 | 3868-4128
Agende sua visita e confira as medidas de segurança para se proteger da Covid-19 pelo site do museu.
Algumas atividades continuam on-line e com programação pelos sites do museu ou +Cultura
Acessibilidade: rampa de acesso, elevador, piso podotátil e banheiro adaptado; videoguia em Libras e réplicas táteis.
Programação gratuita
CASA DAS ROSAS
Lançamento de livros
Quinta-feira, 16 de junho, às 17h.
– Finnegans Rivolta — organização de Dirce Waltrick do Amarante (Editora Iluminuras)
– Finnicius Revém — tradução de Donaldo Schüler (Ateliê Editorial)
– James Joyce — Outra poesia, de Vitor Alevato do Amaral (Syrinx Editora)
– Ulysses — tradução de Caetano W. Galindo (nova edição, Companhia das Letras)
O lançamento acontecerá no jardim da Casa das Rosas.
Endereço: Av. Paulista, 37 — Bela Vista, São Paulo.
Não há necessidade de inscrição.
Apresentações
Quinta-feira, 16 de junho, às 18h.
– Abertura: Marcelo Tápia
– Saudação de Rachel Fitzpatrick, vice-cônsul da Irlanda no Brasil
– O Bloomsday e sua história no Finnegan’s Pub: homenagem ao taberneiro Mário Fuchs
– Leitura da tradução ao inglês do poema “Enjoycíada”, de Marcelo Tápia — por Rodrigo Bravo
– Evocação de Homero: performance sobre fragmento do Canto XI da Odisseia), em tradução de Marcelo Tápia, pelo tradutor
– Sobre a tradução coletiva Ulisses a 18 vozes, a ser lançada em setembro, e a reedição de Finnicius Revém (tradução de Donaldo Schüler) — por Henrique Xavier
– Leitura de fragmentos dos capítulos 1 e 12 de Ulisses a 18 vozes, por Aurora Bernardini e Henrique Xavier
– Uma canção de Ulysses, por Marcelo Tápia
– Evocação de Haroldo de Campos — Ressonâncias da obra de Joyce em autores brasileiros: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Guimarães Rosa, Décio Pignatari, João Ubaldo Ribeiro, Clarice Lispector, Haroldo de Campos e Paulo Leminski — por Reynaldo Damazio, Julio Mendonça, Geruza Zelnys e Donny Correia
– Apresentação musical: Edvaldo Santana
– Sobre a tradução de Ulysses em nova edição — pelo tradutor Caetano W. Galindo (em vídeo)
– Trecho do monólogo de Molly Bloom, em tradução de Caetano W. Galindo — por Bete Coelho
– Sobre o livro James Joyce — Outra poesia, pelo tradutor Vitor Alevato do Amaral
– Apresentação musical: Cid Campos
– Sobre a tradução coletiva Finnegans Rivolta — por Dirce Waltrick do Amarante (em vídeo)
– Leitura de fragmento de Finnegans Wake — por John Milton (em inglês) e por Vitor Alevato do Amaral (em português)
– Apresentação de música e dança irlandesas tradicionais — por Tunas Celtic Band e Letícia Pires
A atividade acontecerá no jardim da Casa das Rosas.
Endereço: Av. Paulista, 37 — Bela Vista, São Paulo.
Não há necessidade de inscrição.
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A Casa das Rosas está passando por restauro. O telefone atual para contato é do Anexo da Casa Guilherme de Almeida: 11 3673-1883 | 3803-8525; ou pelo e-mail contato@casadasrosas.org.br
Jardim do museu aberto de segunda a domingo, das 7h às 22h
Programação gratuita
SOBRE A CASA DAS ROSAS
A Casa das Rosas — Espaço Haroldo de Campos é um museu dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta paulistano Haroldo de Campos, um dos criadores do movimento da poesia concreta na década de 1950. Localizada em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, o espaço realiza intensa programação de atividades gratuitas, como oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, exposições, apresentações literárias e musicais, saraus, lançamentos de livros, performances e apresentações teatrais. O museu está instalado em um imponente casarão, construído em 1935 pelo escritório Ramos de Azevedo, que na época já tinha projetado e executado importantes edifícios na cidade, como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo.
SOBRE A CASA GUILHERME DE ALMEIDA
Inaugurada em 1979, a Casa Guilherme de Almeida, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis, está instalada na residência onde viveu o poeta, tradutor, jornalista e advogado paulista Guilherme de Almeida (1890-1969), um dos mentores do movimento modernista brasileiro. Seu acervo é constituído por uma significativa coleção de obras, gravuras, desenhos, esculturas, pinturas, em grande parte oferecidas ao poeta pelos principais artistas do modernismo brasileiro, como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcanti, Lasar Segall e Victor Brecheret. Hoje, o museu oferece uma série de atividades gratuitas relacionadas a todas as áreas de atuação de Guilherme de Almeida, da literatura traduzida ao cinema, passando pelo jornalismo e pelo teatro. Trata-se da primeira instituição não acadêmica a manter um Centro de Estudos de Tradução Literária no país.
SOBRE A POIESIS
A Poiesis – Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.
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